Finanças

Custo efetivo total: como afeta os custos do crédito? – #CerbasiResponde

Você que acompanha o "Cerbasi Responde" às segundas-feiras, já deve ter ouvido eu falar algumas vezes sobre o custo efetivo total, que é a taxa que deve ser analisada quando se faz uma comparação de produtos de crédito diferentes ou então, se você não acompanha o "Cerbasi Responde", já deve ter visto um tipo de letrinha miúda no pé de algum contrato, no rodapé de alguma negociação explicando que o custo efetivo total é uma taxa maior do que aquela que foi negociada ou divulgada para você Mas afinal, o que é o custo efetivo total? Vou usar a pergunta do Maurício Lopes que questiona da seguinte maneira: Maurício, para você e para todos que não sabem o que é o custo efetivo total

Quando você faz um financiamento, quando você negocia um empréstimo, a primeira informação que surge é a da taxa de juros, você já viu anúncios de vendas de automóveis com a chamada "taxa zero de financiamento", você já solicitou empréstimo com uma taxa geral para todos: 2,5%, 5%, 10% de taxa de juros E, normalmente, só na negociação detalhada, só no contrato, vão aparecer algumas informações que não fazem parte dessa taxa de juros Por exemplo, se você entra naquele regime do cheque especial com alguns dias sem juros que a maioria dos bancos oferece, alguns 10 sem juros, alguns 15 dias, talvez você não tenha percebido que são 10 dias sem juros, são duas semanas sem juros, mas você paga o IOF da operação Ao longo de 1 ano, você tem a taxa correspondente ao IOF pelo menos, não é um custo zero Quando você faz um financiamento de automóvel, pode até ter um anúncio ali que a taxa de financiamento é 0, mas nas letras miúdas aparece lá que o custo efetivo total é de 0,75% ao mês, é de 1% ao mês, é de 10% ao ano

O que significa esse custo efetivo total? Significa que esses custos acessórios, que não são apenas os juros, no caso do cheque especial, o IOF, no caso do financiamento de automóvel, eu tenho taxa de abertura de crédito, tenho, eventualmente, um seguro embutido, uma taxa de administração, o IOF também Quando você faz uma negociação de um financiamento de longo prazo, além daquela taxa de juros que, normalmente, é a primeira informação oferecida, existe o seguro fiador, existe a taxa de abertura do crédito também, taxa de administração do financiamento Quando se considera todo esse custo, quando se embuti esses custos nas prestações, se faz uma projeção, o que é obrigatório fazer pelo código de defesa do consumidor é avisar, informar o consumidor da taxa de juros equivalente àquela que resultaria no total desses custos, então o custo efetivo total é quanto realmente a sua operação de empréstimo ou financiamento, até de consórcio está custando, considerando todos esses acessórios que são somados à taxa de juros Quando você faz uma negociação na concessionária de automóveis, mesmo diante de um anúncio da taxa de financiamento, taxa de juros igual a zero, você tem que buscar informação do custo efetivo total para saber quanto estará pagando além do valor que você pagaria se tivesse liquidando à vista, porque é aí que você compara, realmente, se vale a pena ou não comprar a prazo, comprar ou não financiando Não importa qual seja a taxa de juros, como os custos acessórios sempre variam de instituição para instituição, o que você compara ao decidir sobre um financiamento, sobre um empréstimo, sobre uma operação de crédito qualquer, é o custo efetivo, por exemplo, comparando duas operações de crédito: uma com taxa de juros de 1% ao mês outra com taxa de 2% ao mês, não, necessariamente, é de 2% ao mês é a mais cara, porque, pode ser, que o seguro embutido no 1º financiamento, a taxa de abertura de crédito embutido no 1º financiamento seja mais elevada

Sempre para comparação de produtos de crédito, você vai comparar o custo efetivo total E esse custo efetivo total tem que refletir, exatamente, aquele custo que vai ser referendado, vai ser validado, pelo agente fiscalizador da instituição financeira, da instituição que está negociando com você Na prática, ignore anúncios do tipo "taxa zero", ignore a taxa de juros informada pela instituição, não compare financiamentos perguntando, simplesmente, qual é a taxa de juros que você vai pagar, tem que buscar informação do custo efetivo total Eventualmente, algumas instituições se recusarão em dar essa informação, não podem, mas dirão que somente depois de analisado o contrato, aprovado o crédito, poderão fornecer essa informação para você O que se faz nessa situação é pedir uma simulação da operação de financiamento, uma simulação do empréstimo, quando algum tipo de resistência, de recusa, de falta de transparência ou dificuldade de entender, vamos supor que você pesquise taxas de juros ou custo efetivo total, um esteja calculado ao mês, custo efetivo total ao mês e o outro ao ano, você não sabe comparar, peça uma simulação do seu pagamento a ser feito: quanto custará cada prestação ao longo dos "X" meses que você vai financiar, com essa informação em mãos, você pode comparar uma simulação com outra e ver qual é mais vantajosa, qual vai te custar menos, qual vai pesar menos no seu bolso

Na prática, ao comparar o custo efetivo total, você está comparando banana com banana e não batata com maçã, coisas que não são comparáveis É aí que começa uma boa decisão Sempre, busque essa informação antes de tomar qualquer decisão de crédito, ela é a informação mais importante na tomada de decisão por um produto de financiamento ou de empréstimo Sucesso em suas escolhas de crédito

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