Produtividade

Preconceito: Não seja prisioneiro dos rótulos | Oi Seiiti Arata 45

Oi! Seiiti Arata Hoje nós vamos falar de preconceito, especificamente a rotulagem de pessoas que já foi o tema do episódio número 04 em arata

se/oi04 1 Os rótulos nos afastam do verdadeiro conhecimento A rotulagem acontece quando eu formo uma impressão inicial e sinto dificuldade em fazer essa impressão evoluir mesmo diante de situações que deveriam me provar o contrário A minha percepção é contaminada pelo preconceito Se por exemplo eu ouço dizer que Adriano é uma pessoa gananciosa e egoísta (esse é o rótulo), e o vejo trabalhando até tarde, esse simples fato objetivo de trabalhar até tarde será interpretado por mim como uma confirmação da imagem de que Adriano é uma pessoa que realmente quer ganhar dinheiro acima de tudo, que não tem interesse na vida comunitária, que não liga para a família E se ouço dizer que Beatriz é uma pessoa batalhadora e generosa (que também é um rótulo), e vejo Beatriz trabalhando até tarde, esse mesmo fato objetivo de trabalhar até tarde será interpretado como uma confirmação de que ela é uma mulher que está disposta a fazer inclusive sacrifícios pessoais para conseguir uma vida melhor para as pessoas que ela ama, que ela enfrenta as dificuldades e por aí vai

Posso até achar que Adriano não merecerá o dinheiro que conseguir, pois esse trabalho extra que ele está fazendo está roubando a oportunidade de uma outra pessoa Já Beatriz, veja como ela se esforça! Claro que ela merece uma vida melhor Posso até pensar que ela deveria ganhar mais, pois é uma mulher honesta e honrada que se dedica mais do que os outros Quando vejo Adriano evitar comprar um novo par de sapatos, isso comprova que é um homem mesquinho e miserável Quando Beatriz deixa de comprar um novo par de sapatos, isso comprova que ela é uma pessoa econômica, minimalista, que não faz gastos superficiais

Encontrei com Adriano no domingo Ele carregava um livro Claro, é um alienado, não tem vida social, não liga pra pessoas, é um bitolado, nunca se diverte, não tem amigos Encontrei Beatriz no domingo Ela carregava um livro

Além de linda e simpática ela também é inteligente e está sempre aprendendo coisas novas e compartilhando com os outros Já deu pra entender, certo? 2 Os rótulos são criados a partir do preconceito Diante do mesmo comportamento, uma pessoa pode ser rotulada como anjo ou demônio, dependendo do nosso preconceito E repare que preconceito todo mundo tem: preconceito é a impressão inicial, o pré-conceito A gente não quer é ficar preso no preconceito, sem conseguir evoluir além da superfície, do boato, da impressão inicial

O que nós precisamos portanto desenvolver é a capacidade de continuar refinando a nossa percepção diante de novas informações, de não ficarmos apegados a um rótulo, de permitir ouvir de verdade as pessoas, de ter curiosidade em conhecer novamente, entendendo que as pessoas mudam (Dica bônus: tudo isso vale pra VOCÊ e pros rótulos que você colou em você mesmo) Mais importante de tudo: não seja prisioneiro dos próprios rótulos que você mesmo criou Ou melhor, não seja prisioneiro dos rótulos que o seu preconceito criou 3

Cuidado com a profecia autorrealizável Para entender isso melhor, imagine um banco saudável Apesar de saudável, caso aconteça um pânico irracional generalizado e de repente todos os correntistas acreditarem em algum boato de que o banco vai falir, é exatamente isso o que pode acontecer: se todo mundo quiser sacar todo o dinheiro ao mesmo tempo, o banco pode falir [fonte: http://aratase/vfbi ] Essa é a profecia autorrealizável (self-fulfilling prophecy): é uma definição falsa de uma situação porém que estimula um certo comportamento que por sua vez torna verdadeira aquela definição que anteriormente era falsa Se eu começo um namoro pensando que não vai durar muito tempo porque eu serei traído, essa crença me estimula a ser uma pessoa desconfiada, sempre procurando intriga, violando a privacidade alheia, para evitar não ser traído

E o resultado é justamente um relacionamento de péssima qualidade que não vai durar muito tempo E ainda por cima eu completo com um “eu sabia que isso ia acontecer!” E você? Será que você está sendo prisioneiro dos rótulos que seu preconceito criou? Os resultados que você colhe hoje, ou deixa de colher, são limitados pelo rótulo que você se permitiu receber? O seu valor próprio é determinado pela maneira como os outros te tratam? Será que algum fracasso do passado ainda está sussurrando no seu ouvido que tudo poderá acontecer novamente e portanto é melhor nem tentar de novo? Você sente dificuldade em se relacionar com algumas pessoas pois sempre identifica significados negativos atrás do comportamento que elas realizam? Talvez você tenha dificuldade de aceitar alguns dos comportamentos que elas realizam justamente por você já as ter etiquetado no passado Agora vamos ainda mais fundo: a maneira como você se relaciona com você mesmo te traz amargura, te causa arrependimento? Como você rotula a sua própria história? Será que não seria mais saudável ir além dos rótulos e perceber que atrás dos seus comportamentos existe uma riqueza em possibilidades de interpretação? Enquanto você se penaliza por não ter conseguido isso ou aquilo, enquanto você se culpa por ter sido imaturo ou irresponsável, lembre-se: existem coisas boas que você conseguiu realizar, existem sonhos que você buscou, valores que orientaram sua jornada

A realidade permite muitos pontos de vista Tudo é questão de foco Por isso se você é uma pessoa que deseja aumentar seu autoconhecimento e tem vontade de participar de algum treinamento da Arata Academy, a minha recomendação é começar visitando o link aratase/cursofoco

Você também pode gostar...