O "Cerbasi Responde" de hoje trata de uma típica confusão que é feita por aqueles que têm negócio próprio como uma clínica, um pequeno comércio, uma indústria, um quiosque no shopping center e acabam misturando as finanças do negócio com as finanças pessoais Olha que interessante, quem manda a pergunta é o Kaíque Oliveira que questiona o seguinte: Bom, Kaíque, para você e para todos que tem essa dúvida sobre comprar ou não comprar o imóvel, reformar ou não reformar o imóvel em que você instalou o seu negócio, vamos separar as finanças pessoais das finanças do negócio
Quando você avalia que aquele ponto comercial está em constante valorização, tem um bom potencial de crescimento, com certeza, do ponto de vista das suas finanças pessoais, é um bom negócio porque você está comprando um ativo que daqui a algum tempo, estará valorizado Muito cuidado para não confundir o histórico de valorização com potencial de valorização: um shopping em desenvolvimento, um bairro em desenvolvimento, uma região da cidade recebendo infraestruturas e melhorias do poder público, certamente são algo que indica que há um bom negócio por trás dessa escolha, mas do ponto de vista das finanças pessoais Do ponto de vista das finanças do negócio, é importante avaliar se esse negócio está gerando caixa suficiente para criar as reservas que são necessárias para fazer aquilo que a gente chama de verticalização da operação: você, em vez de alugar o equipamento de alguém, você compra o equipamento, em vez de contratar um frete de entrega, você compra o veículo de entrega, em vez de alugar um imóvel, você compra esse imóvel Eu falo que é importante separar as finanças pessoais das finanças do negócio porque normalmente um negócio que está em expansão, em desenvolvimento, isso é bem comum em bairros e pontos comerciais que estão em desenvolvimento também, o número de clientes que você tem agora é menor do que o que você terá no futuro, quando um negócio está em expansão, normalmente, ele precisa de caixa para alimentar essa expansão, para alimentar o capital de giro, isso não é necessário em empresas de serviços, mas quando é um comércio, quando é indústria, algo misto, você precisa ter recursos injetados continuamente nesse processo de expansão para não ter que lidar com a falta de caixa e recorrer a empréstimos mais caros em um segundo momento Se você está em expansão, é um risco imobilizar capital e em um segundo momento, sentir falta desse capital para honrar as suas contas
Quando a gente considera que pode ser um bom negócio do ponto de vista das finanças pessoais e pode não ser um bom negócio do ponto de vista das finanças do negócio, você pode adotar uma estratégia mista: comprar o imóvel como pessoa física e alugar para o seu próprio negócio, ou seja, retirar o seu pró-labore, retirar também uma renda de aluguel pela propriedade desse imóvel até que possa ser transferido, se necessário, ser adequado ao seu planejamento ao capital, ao balanço patrimonial da empresa Sendo entendido como investimento oportuno com crescimento do valor ao longo do tempo, sim, você deve comprar Muito cuidado para não misturar com as contas da empresa e em um segundo momento, deixar de ter feito um financiamento, por exemplo, recorrer a uma compra parcelada com custo mais baixo no banco para ter que contar com o dinheiro do banco para honrar contas que vão ter um custo mais elevado porque o empréstimo sempre custa mais do que o financiamento Sim, sempre temos que verticalizar quando é uma oportunidade, mas muito cuidado para não misturar essas duas contas Espero ter ajudado, espero ter inspirado muitos empreendedores a esperar o momento certo de fazer aquela expansão que todo mundo quer ter, tornar definitivo o seu negócio com reformas, com a propriedade de forma a não desperdiçar esse investimento em uma eventual mudança futura
Sucesso em suas escolhas
